Esta especialidade dedica-se à prevenção, diagnóstico e tratamento das perturbações mentais, emocionais ou comportamentais.
O médico psiquiatra está preparado para atuar sobre a sintomatologia emocional e comportamental recorrendo a medicamentos seguros e bem tolerados. Através da sua intervenção, é possível transformar um episódio de sofrimento psicológico/emocional numa oportunidade de mudança do padrão de relação interpessoal.
A Psiquiatria lida com todos os aspetos da experiência humana ao longo da vida: alegria, luto, ansiedade, imaginação, confusão, desespero, compreensão e equívoco, a memória e a sua perda.
A Psiquiatria como especialidade é (ou deveria ser) a mais “humana” das especialidades, dedicada à compreensão da pessoa como um todo na saúde e na doença.
Um Psiquiatra concentra-se no diagnóstico e tratamento de perturbações psiquiátricas significativas, e esta responsabilidade faz com que muitas vezes existam pressões para classificar como perturbações experiências normais de vida. Dizer que alguém não preenche os requisitos para uma perturbação mental específica não significa que não existam problemas de importância; significa sim que estes problemas não caem no âmbito da psiquiatria e deverão provavelmente ser enquadrados noutras áreas de tratamento dentro da saúde mental, nomeadamente na Psicologia Clínica ou nas Terapias Complementares.
A Saúde Mental é mais do que simplesmente a ausência de uma perturbação mental, e requer:

• O sentido de independência, autoestima, e reconhecimento do valor próprio;
• A capacidade de confiar nos outros;
• A capacidade de dar e receber amizade, afecto e amor;
• A capacidade de construir ligações emocionais duradouras;
• A capacidade de experienciar emoções profundas;
• A capacidade de se perdoar a si e aos outros;
• A capacidade de autoanálise e de lidar com a mudança;
• A capacidade de aprender com a experiência;
• A capacidade de tolerar a incerteza e de correr riscos;
• A capacidade de sonhar e fantasiar.