Violência Doméstica, 4.º Dia

Hoje o espaço é dedicado aos tipos de violência.

Tipologias de violência

Existem vários tipos de violência.

Violência física

Exemplos: arranhar, arremessar objectos, esbofetear, empurrar, estrangular, morder, esmurrar, pontapear, puxar os cabelos, e sequestrar.

 Violência psicológica

Exemplos: ameaçar, coagir, chantagear, controlar, difamar, expulsar de casa, gritar, humilhar, insultar, isolar, obrigar a fazer tarefas domésticas, perseguir, proibir, trancar em casa.

Violência económica

Exemplos: ameaçar retirar o dinheiro, controlar o vencimento da vítima, obrigar a justificar todos os gastos, recusar disponibilizar dinheiro.

Violência sexual

Exemplos: abusar sexualmente, obrigar à prostituição, violar.

Apesar de a violência física ser a mais fácil de identificar, isso não a torna mais grave. Todos os tipos de violência são graves e trazem consequências para a vítima.

Como pedir ajuda?

– Procure apoio psicológico. Estando emocionalmente mais fortalecida/o, estará mais capaz dizer não a uma vida sem violência e obter ferramentas que lhe permitam lidar com os problemas que surgem no dia-a-dia.

– Apresente queixa. Denuncie quem maltrata. A apresentação de queixa confere à vítima um conjunto de direitos.

– Procure uma instituição de apoio a vítimas.

[Sandra Furtado é Socióloga e colabora no Consultório PlenaMente em consultas de Orientação Ocupacional. Para mais informações clique aqui.]

Violência Doméstica, 3.º Dia

Hoje o espaço é dedicado ao ciclo da violência.

Ciclo da violência

A teoria do ciclo da violência ajuda-nos a compreender porque é tão difícil sair de uma relação violenta.

1ª fase – Fase do crescimento da tensão

É a fase em que os problemas e conflitos do dia a dia geram tensão acrescida à relação. As posturas intimidatórias fazem imperar o medo.

2ª fase – Fase da eclosão da violência

Episódio de violência de qualquer tipo (física, psicológica, sexual ou económica).

3ª fase – Fase da lua de mel

Fase em que a pessoa agressora mostra arrependimento, promete não repetir o comportamento violento e a vítima perdoa. Nesta fase, não há violência e há um esforço por tentar agradar o outro.

Com o passar do tempo, os intervalos entre as diferentes fases são cada vez mais curtos, isto é, o que começou por acontecer pontualmente, torna-se semanal ou mesmo diário. Outra característica do ciclo da violência é o aumento da sua intensidade, ou seja, o que começou por ser um grito ou um empurrão, transforma-se em agressões mais violentas.

Quem está de fora da relação vê muito facilmente a fase da eclosão da violência e pergunta-se, “Como é possível viver assim?”. A vítima por sua vez, valoriza a fase de lua de mel e mantém a esperança de que a pessoa que agride vá mudar o seu comportamento.

Quanto mais tempo a vítima se encontrar nesta situação, mais difícil é pedir ajuda, atendendo a que, quem agride, tende a isolá-la e mantê-la afastada de quem a pode ajudar.

Não é tarde demais… peça ajuda.

Como pedir ajuda?

– Procure apoio psicológico. Estando emocionalmente mais fortalecida/o, estará mais capaz dizer não a uma vida sem violência e obter ferramentas que lhe permitam lidar com os problemas que surgem no dia-a-dia.

– Apresente queixa. Denuncie quem maltrata. A apresentação de queixa confere à vítima um conjunto de direitos.

– Procure uma instituição de apoio a vítimas.

[Sandra Furtado é Socióloga e colabora no Consultório PlenaMente em consultas de Orientação Ocupacional. Para mais informações clique aqui.]

Violência Doméstica, 2.º Dia

Hoje o espaço é dedicado aos mitos.

Mitos

Do lado esquerdo da tabela encontramos um conjunto de ideias erradas que fazem com que o problema da violência doméstica se reproduza. Do lado direito, estão elencadas informações que pretendem desconstruir os mitos.

Há muitas pessoas que pensam que… A verdade é que…
A violência existe em grupos sociais com menores recursos económicos ou com baixas habilitações literárias. A violência doméstica existe em todas as classes sociais. É um problema que não conhece fronteiras e existe em todos os credos, países, grupos com mais ou menos instrução, mais ou menos poder económico.
Entre marido e mulher não se mete a colher. O problema da violência doméstica é problema que diz respeito a todos e a todas. Também por isso se trata de um crime público, o que quer dizer que qualquer pessoa que se aperceba de um crime de violência doméstica pode e deve denunciá-lo.
Sempre houve violência entre maridos e mulheres, é normal. É normal haver conflitos entre os casais, ou seja, diferenças de opiniões, de ideias, de interesses. O que não é normal é tentar resolver essas diferenças impondo a sua vontade através da violência. A violência não é aceitável.
Se ela/e fica na relação, é porque gosta de levar. Nenhuma vítima de violência doméstica gosta de ser maltratada. Existem muitas razões que levam uma vítima a permanecer na relação abusiva: o medo de perder os filhos/as; a dependência económica; o medo de represálias; ou por não estar informada sobre os seus direitos.
Há pessoas que provocam e merecem ser maltratadas. Ninguém merece ser maltratado, independentemente do que faça ou diga. Todas as pessoas têm o direito de viver sem sofrer violência.
O que causa a violência é o álcool e as drogas. A vontade de agredir está na pessoa e não no álcool ou drogas. Estas substâncias podem estimular comportamentos violentos, mas também há pessoas que as consomem e não são violentas, assim como há pessoas que são violentas e não as consomem.
Agora as coisas estão mais calmas. Eu sei que ele/a não me volta a bater.   O que a teoria do ciclo da violência nos indica é que uma vez que começam os episódios de violência, a tendência é para que se repitam. A frequência e a intensidade dos episódios tendem a aumentar também.
Quando a agressão física para, tudo fica bem.   Após uma agressão física, permanecem as consequências: as físicas e as psicológicas.
Se ele/a tem ciúmes, é porque gosta de mim.   Sentir ciúmes é normal. Está relacionado com as nossas inseguranças e com o medo de perdermos o outro. O que não é normal é mostrar o ciúme através do controle do outro. Controlar outra pessoa é exercer violência sobre ela. Não é amá-la.

Como pedir ajuda?

– Procure apoio psicológico. Estando emocionalmente mais fortalecida/o, estará mais capaz dizer não a uma vida sem violência e obter ferramentas que lhe permitam lidar com os problemas que surgem no dia-a-dia.

– Apresente queixa. Denuncie quem maltrata. A apresentação de queixa confere à vítima um conjunto de direitos.

– Procure uma instituição de apoio a vítimas.

[Sandra Furtado é Socióloga e colabora no Consultório PlenaMente em consultas de Orientação Ocupacional. Para mais informações clique aqui.]

Violência Doméstica, por Sandra Furtado

Nesta semana, centramos a nossa atenção no tema da violência doméstica. Durante os próximos cinco dias iremos abordar os diversos aspectos desta temática.

Hoje o espaço é dedicado aos sinais de alerta:

Sinais de alerta

Quando são analisadas as situações de violência doméstica, é muito frequente encontrarmos alguns pontos comuns. Esteja atenta/o aos sinais de alerta.

Quando me maltratam.

Quando me impedem de ser eu própria/o.

Quando me impedem que eu me coloque em primeiro lugar.

Quando não me sinto segura/o.

Quando não me tratam com respeito.

Quando me exigem que eu seja perfeita/o em tudo.

Quando me impedem de mostrar revolta e protestar quando sou tratada/o injustamente ou maltratada/o.

Quando me negam a minha privacidade.

Quando não têm em consideração a minha opinião ou quando me impedem de expressá-la.

Quando me dizem que eu não posso ganhar ou controlar o meu próprio dinheiro.

Quando me impedem de participar nas decisões que me dizem respeito.

Quando me sinto proibida de dizer “NÃO”.

Quando me fazem sentir responsável pelos problemas dos outros.

Não esqueça que você tem o direito de controlar a sua vida e de a mudar se não estiver satisfeita/o com ela.

Peça ajuda.

Como pedir ajuda?

– Procure apoio psicológico. Estando emocionalmente mais fortalecida/o, estará mais capaz dizer não a uma vida sem violência e obter ferramentas que lhe permitam lidar com os problemas que surgem no dia-a-dia.

– Apresente queixa. Denuncie quem maltrata. A apresentação de queixa confere à vítima um conjunto de direitos.

– Procure uma instituição de apoio a vítimas.

[Sandra Furtado é Socióloga e colabora no Consultório PlenaMente em consultas de Orientação Ocupacional. Para mais informações clique aqui.]

Life Coaching e Transformação de Consciência

“Não é a morte que devemos temer, mas sim nunca ter começado a viver.”

Marcus Aurelius

Durante o nosso processo de crescimento fomos ensinados a utilizar e controlar o nosso corpo, a utilizar a nossa mente, a funcionar dentro dos limites da nossa cultura. 

Fomos testados sucessivamente pelos nossos pais, pelo sistema de ensino, pelos nossos pares. 

O propósito, confiando na boa-fé do sistema, será fazer com que consigamos ser funcionais, respeitadores dos limites, elementos participativos na sociedade e agentes desta estrutura física e cognitiva a que chamamos Humanidade.


NÃO NOS ENSINARAM A SENTIR. A IR PARA ALÉM DOS LIMITES. A QUESTIONAR O CAMINHO. A INOVAR, A AMAR A MUDANÇA, A ACEITAR O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO.


Não nos podem ensinar o que nunca aprenderam, e para uma estrutura estabelecida tudo o que represente desvios do padrão representa uma ameaça potencial à própria existência da estrutura de poder em que vivemos.

Então, criámos o medo como forma de controle

O medo do desconhecido , do futuro, da diferença, o medo de arriscar, de recomeçar, de mudar. 

Exemplos abundantes na nossa cultura, tão visíveis no cinema, por exemplo: se há um barulho na nossa cave, deve ser um monstro; todos os espíritos são fantasmas que só pretendem ocupar-nos e fazer-nos mal ou roubar-nos a consciência e a vontade; a violência, a vingança e o ódio são admissíveis em nome da manutenção do nosso status ou modo de vida…


CRIÁMOS MUROS PARA NOS PROTEGERMOS, CRIÁMOS NOVAS FORMAS DE COMPETIR.  USAMOS A COMPETIÇÃO COMO MODELO DE PROGRESSO. 


Usamos a tecnologia como forma de evoluir mas na prática estamos a alienar-nos do mundo e uns dos outros, a afastar-nos da profundidade dos relacionamentos pessoais (que traz sempre o potencial de sofrer, e portanto crescer) e a alimentar a aparência, a superficialidade, que traz segurança aparente mas só produz mais vazio.


NÓS PRECISAMOS DE SENTIR. DE ARRISCAR. 


De ganhar e perder, de estar em becos sem saída e depois sair deles – e perceber que conseguimos. 

Precisamos do toque dos outros, de ouvir gargalhadas reais, de entender que em cada desafio perdido há uma instrução para vencer o próximo. 

Precisamos de ter esperança, precisamos de sentir, precisamos de ir para além dos limites, de questionar o caminho, de inovar, de amar a mudança, de aceitar o processo de transformação, onde algo em nós morre para que outra parte de nós nasça. 

Se não queremos estas mortes como podemos querer renascer?

A dor em muitos de nós nasce precisamente na ausência de sentido… 

Mesmo quando não tem consciência disso, o vazio que se vai instalando envenena a vida quotidiana e retira o prazer a tudo o que já nos deu prazer no passado.

E as perguntas nascem na consciência:

É só isto que vim aqui fazer? 

Construir uma casa, ter um carro e um cão, produzir, consumir, ter filhos, e repetir? 

Ser feliz não é um requisito porquê? 

Sou considerado “saudável” desde que cumpra todas as regras que me ensinaram, até um “membro destacado da comunidade”, mesmo que esteja infeliz, vazio, mesmo que não saiba para onde estou a ir… E se quiser mudar vou sentir o medo dos que me rodeiam, se quiser arriscar vou ser criticado… “Há quem esteja muito pior…”

A capacidade de renascer, de ir além, de fazer diferente, de alcançar objetivos, de sonhar e de materializar uma nova vida depende da capacidade de nos transformarmos. 

De planear quem queremos vir a ser, e de agir para tornar realidade esse sonho. 

A esperança tem de ser maior do que o medo.


UM LIFE COACH É “APENAS” UM PARCEIRO DE CAMINHO. 
ALGUÉM QUE ENCONTRAMOS E QUE NOS AJUDA A QUESTIONAR, A PLANEAR, A VER O CAMINHO POR UMA NOVA PERSPETIVA


É uma pessoa que se dedicou a caminhar com outros planeando estratégias, desmistificando falsos medos e crenças, alguém que nos vê de fora e se apercebe de tudo o que somos capazes de fazer quando nós ainda não conseguimos. 

E por cima disso ainda nos acompanha até que os objetivos se cumpram, até que a certeza que conseguimos se instale.

Até que a vontade de Viver seja maior que a de sobreviver, até que a esperança seja maior que o medo.

Se o que leu ecoou em si, então é porque está na hora.

Só depende de si o primeiro passodeixe o resto connosco.

Marque uma sessão de Life Coaching, e veja por si mesmo o que acontece quando aprende a utilizar o seu potencial, a vencer o medo e a focar-se nos seus objetivos.

Marco Pires

MINDFULNESS – Para que serve?

Um pequeno artigo a preparar o nosso Workshop, no Consultório Plenamente, a 30/11 (15:00 – 18:00)

Por que o Mindfulness é tão importante? Há um enorme número de pesquisas científicas que examinam os benefícios da atenção plena, como redução do stress, depressão, emoções destrutivas, etc. As pesquisas também destacam a eficácia na melhoria do bem-estar, no foco e atenção, nos relacionamentos interpessoais e na qualidade do sono. Um dos principais factores que causa e prolonga o sofrimento mental é a tendência a deixar-se dominar por pensamentos desnecessários que começam como uma semente, mas que eventualmente se ramificam em proporções exponenciais, até que controlá-los se torna difícil ou mesmo impossível…

Então, tentamos parar esses pensamentos ou parar de ter pensamentos em geral?

Imagine um estado em que não podemos pensar?

Assustador, não é?

Assim, torna-se importante entender que os pensamentos em si não são o problema, mas a importância que lhes damos e o quanto deixamos que eles nos controlem. As técnicas de Mindfulness funcionam não na tentativa de eliminar pensamentos, mas ajudando a deixar de se identificar com deles. Um princípio básico no qual os programas baseados na atenção plena se baseiam é a ideia de “Eu não sou o meu próprio pensamento“.

A velocidade e o ruído da vida levam-nos para fora de nós – e com isso perdemos energia, foco, capacidade de resolução de problemas, e acumulamos stress, preocupações, dispersão e cansaço físico e mental.

Neste primeiro Workshop, num ambiente de Silêncio e quietude, vamos partilhar a base desta técnica, explicar os seus componentes essenciais e deixar informação suficiente para que cada um possa começar.

Haverá algo mais importante que cultivar uma mente sã, calma, clara, focada e feliz?

Para mais informações visite a nossa página sobre o Mindfulness ou contacte-nos!